O que conhecemos como cidade nasceu por meio do processo de sedentarização humana e do seu decorrente desafio de domínio da natureza. A cidade elencada como ' imã' (ROLNIK, Raquel) teve como suas primordiais finalidades a atração e a concentração de pessoas - inicialmente, por meio da aglomeração em volta do que acredita-se serem os 'templos' cultualísticos - uma característica espacial que pode ser descondizente com as atuais cidades globais, uma vez que o sistema tecnológico ultrapassou todas as barreiras físicas. Em outras palavras, tijolos, muros e fronteiras, sejam no aspecto de uma casa ou até mesmo de uma divisão continental, não conseguem mais serem elementos separadores de comunicação; a rede promove uma interseção de pessoas e/ou ideias que gera pluralidade e, portanto, configura uma nova esfera de espaço e tempo. Como consequência desse processo, a ' modernidade líquida ' (BAUMAN, Zygmunt) encontra novas peculiaridades: a medida em que as chama...